O Vereador Profº Sá Marques, deu início nesta quinta-feira (6), assim como prometido, a greve de fome em frente ao Palácio de La Ravardière, sede da Prefeitura de São Luís.

Para muitos, o que o parlamentar quer é simplesmente chamar a atenção, como teria sido declarado pelo próprio secretário de obras e serviços públicos, Antônio Araújo.

“Se para o secretário, o prefeito ou qualquer outra pessoa que ache que lutar pelo direito das pessoas, dos mais humildes legitimamente, como um representante eleito pela população para representá-la e lutar pelo bem da cidade é fazer graça, deixe que pensem. Pra mim isso aqui é um ato sério, de uma pessoa responsável, que vai lutar até as últimas consequência, por melhorias à população”, reforçou o vereador.

Sá Marques já havia anunciado ainda no início da semana, na abertura dos trabalhos do legislativo municipal que iniciaria a greve de fome hoje, dia 6 de fevereiro, e cumpriu a promessa. O parlamentar deve ficar em frente à sede da Prefeitura até ser recebido pelo prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior.

À disposição do vereador é tanta que Sá Marques foi de bermuda e terno, porque caso não seja recebido pelo prefeito, seguirá direto na próxima segunda-feira (10), para Câmara Municipal de São Luís, para participar da sessão normalmente, já que é vereador de São Luís, eleito legitimamente.

A revolta do parlamentar é perfeitamente compreensível, já que há anos vem cobrando melhorias para bairros de São Luís, a exemplo do João Paulo, Caratatiua, Jordoa, Alemanha, Ivar Saldanha, Barreto e bairros localizados na Zona Rural de São Luís, e mesmo sendo vereador, não está sendo atendido pelo Executivo Municipal.

Vale lembrar que no final do ano passado, a Câmara, ou seja, todos os 31 vereadores, aprovaram um repasse de mais de R$ 300 milhões à Prefeitura de São Luís, dinheiro que poderia ser investido em melhorias de infraestrutura e saneamento básico em áreas da capital maranhense, a exemplo dos bairros mencionados acima. O que se percebe, é que parte dos vereadores tem os seus pleitos atendidos pela Prefeitura de São Luís, já outros não. Nesta semana, quando o vereador Sá Marques, confirmou a greve de fome e mencionou a forma exclusivista que o Executivo Municipal, vem tratando parlamentares na Câmara de São Luís, teve o apoio de vários outros vereadores, entre eles, Marcial Lima, que esteve com o vereador na manhã desta quinta-feira (6) durante o protesto, Cezar Bombeiro, Fátima Araújo e Marquinhos.

“Mesmo sendo um parlamentar legitimamente eleito por boa parte da população ludovicense para representá-la não estou tendo o devido respeito. Assim como eu, outros vereadores estão enfrentando a mesma dificuldade. Quero reafirmar que só vou deixar de lutar quando o senhor prefeito Edivaldo Holanda Júnior me receber e atender os meus pleitos, é um direito meu constitucional como vereador eleito desta cidade, e é um direito acima de tudo do povo de São Luís, que necessita de trabalho e serviços públicos que possa lhe proporcionar uma vida melhor”, reforçou Sá Marques.

O vereador chegou a ser ameaçado de ser retirado por policiais do local, sob a alegação que estava interferindo na ordem. O parlamentar questionou os militares alegando que o direito de se manifestar é livre. A tentativa de intimidar o vereador acabou sendo em vão, já que o membro do legislativo municipal permanece firme na luta pela garantia de direitos e serviços para à população mais humilde de São Luís. Sá Marques, além de vereador de São Luís, é advogado, policial e professor.

Vereador Sá Marques, no acampamento, neste sábado, 08

Blog Eduardo Ericeira