Isolamento, quarentena e distanciamento social; saiba a diferença de cada um
Em meio à epidemia de coronavírus que se espalhou pelo planeta, muitas dúvidas surgiram sobre o assunto, entre elas a diferença do isolamento, que dura 14 dias, a “quarentena”, cujo período é de 40 dias, e o distanciamento social. Os métodos são utilizados para prevenir a proliferação do vírus. Mas, afinal, qual é a diferença entre isolamento e quarentena?
Isolamento
A medida de isolamento objetiva a separação de pessoas sintomáticas ou assintomáticas, em investigação clínica e laboratorial, de maneira a evitar a propagação da infecção e transmissão local
O isolamento pode ser prescrito por até 14 dias, por um médico ou agente da vigilância epidemiológica. O tempo pode aumentar caso exista algum resultado laboratorial que comprove a necessidade.
É preferencial que o isolamento seja em casa, mas, dependendo do caso e do estado do paciente, ele pode ser realizado em algum hospital. Não é usado a palavra isolamento quanto o resultado do diagnóstico laboratorial para SARS-COV-2 for negativo. Nesse caso, a pessoa pode praticar, se puder, o distanciamento social.
Quarentena
A quarentena tem como objetivo garantir a manutenção dos serviços de saúde em local certo e determinado. A medida é adotada por até 40 dias, podendo ser estendida, e seu objetivo é diminuir a transmissão na comunidade e garantir que os serviços de saúde continuem funcionando sem superlotações.
Ela é determinada pelo Secretário de Saúde do Município, do Estado ou do Distrito Federal, pelo Ministro de Estado de Saúde ou algum órgão ou representante superior. O não cumprimento da quarentena pode gerar responsabilização prevista em Lei.
Distanciamento social
O distanciamento social consiste na adoção de ações voluntárias para evitar contato físico com outras pessoas e aglomerações, contribuindo para uma menor disseminação do vírus. O cancelamento ou adiamento de eventos de grande porte e/ou fechamento de lojas e estabelecimentos comerciais são medidas que podem ser tomadas. Não frequentar locais lotados, evitar pegar transporte público em horário de pico, não cumprimentar com beijos ou abraços, miar a balada e manter uma distância de pelo menos um metro um do outro também estão na lista.
A medida de se distanciar socialmente é de uma enorme empatia, mas também de um privilégio de classe. Nem todos os brasileiros podem e têm condições de fazer home office, por exemplo, tendo que continuar pegando transportes públicos cheios. Se distanciar socialmente em locais com fácil acesso a comidas e água potável também é um privilégio, vide relatos de pessoas que moram em comunidades periféricas e não possuem água tratada nem par lavar as mãos.
O Imparcial