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Justiça afasta vereador Umbelino Júnior e proíbe acesso à Câmara de São Luís



Na última decisão envolvendo a operação do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), a Justiça do Maranhão negou o pedido de prisão preventiva do vereador Umbelino Júnior, mas determinou seu afastamento do cargo e proibiu seu acesso às dependências da Câmara Municipal de São Luís. Segundo o Ministério Público (MP), Umbelino Júnior é apontado como líder de uma organização criminosa envolvida no esquema de “rachadinha” — prática ilegal que consiste na apropriação de parte dos salários de assessores e funcionários comissionados.
De acordo com as investigações, o esquema contava com a participação de outros membros do gabinete, também afastados de suas funções. O juiz responsável pelo caso ordenou o sequestro de bens e o bloqueio de valores que totalizam mais de R$ 2 milhões, visando garantir a reparação de possíveis danos aos cofres públicos.
O afastamento do vereador e dos demais investigados foi visto como uma medida necessária para assegurar que não houvesse interferência na continuidade das investigações. “O afastamento temporário e o bloqueio de bens são passos importantes para garantir a imparcialidade do processo e evitar a dissipação de recursos”, destacou o MP em comunicado.
A operação deflagrada pelo Gaeco foi resultado de uma série de denúncias e monitoramento que indicaram a existência de uma rede bem estruturada de desvios. A Justiça entendeu que, apesar da gravidade das acusações, a prisão preventiva não seria indispensável no momento, optando pelo afastamento como alternativa para proteger o andamento das apurações.
Com o bloqueio de bens e o afastamento de suas funções, Umbelino Júnior e os demais envolvidos permanecem sob investigação e responderão às acusações em liberdade. A Câmara de São Luís ainda não se pronunciou oficialmente sobre as medidas e o impacto do afastamento dos servidores no funcionamento da casa legislativa.
O caso chama atenção para o combate à corrupção em órgãos públicos e reforça o papel do Ministério Público e do Gaeco na fiscalização e na aplicação de medidas para coibir práticas ilícitas na administração pública. O desdobramento da operação continuará sendo acompanhado de perto por especialistas e pela sociedade civil.

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