REAÇÃO EM MASSA: Setor produtivo repudia novo aumento de imposto no Maranhão
Entidades reagem ao aumento do ICMS no Maranhão: Custo de vida vai subir
Mais um aumento de imposto está prestes a impactar o bolso dos maranhenses. O Governo do Maranhão propôs elevar a alíquota do ICMS de 22% para 23%, e a votação já está marcada para esta quinta-feira (21) na Assembleia Legislativa. A medida provocou uma enxurrada de críticas de entidades empresariais, que alertam: produtos básicos vão ficar mais caros, micro e pequenas empresas serão prejudicadas, e o consumidor final será o mais afetado.
A Fecomércio-MA (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) foi clara: o Maranhão já tem a maior carga tributária do Brasil, com ICMS superior ao de estados como São Paulo (18%) e Ceará (20%). A federação alertou que, em apenas um ano, o imposto já subiu dois pontos percentuais, e agora querem mais um aumento. “Isso afeta empresas e, principalmente, o consumidor, que vai pagar mais caro por energia, transporte e alimentos básicos”, destacou a entidade.
A FCDL-MA (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas) reforçou que o aumento é um duro golpe para as micro e pequenas empresas, que já estão lutando para se recuperar da crise econômica. “Com mais impostos, menos empregos serão gerados. E quem sofre é a população que já está com dificuldade para pagar as contas”, afirmou a federação.
Segundo a FAEM (Federação das Associações Empresariais do Maranhão), o impacto será sentido diretamente na cesta básica, pois quase 98% dos produtos consumidos no estado são importados. Com o aumento do ICMS, energia e transporte vão ficar mais caros, e isso será repassado para o preço dos alimentos.
O Conselho Regional de Contabilidade do Maranhão (CRC-MA) lembrou que o estado já enfrenta altos índices de pobreza e tem o menor PIB per capita do país. “Cobrar mais impostos em um cenário como esse é injusto e prejudica principalmente as famílias mais pobres”, destacou o conselho.
Além das críticas, as entidades fizeram um pedido direto aos deputados estaduais: votem contra o aumento. Eles argumentam que o projeto não foi debatido com o setor produtivo e que soluções fiscais não podem penalizar a população, que já sofre com o custo de vida elevado.
A Associação Comercial do Maranhão (ACM) e a Associação dos Jovens Empresários do Maranhão (AJE-MA) pediram diálogo e planejamento. “A solução não pode ser cobrar mais da população. É preciso buscar alternativas que incentivem o crescimento econômico e atraiam investimentos”, disseram em notas oficiais.
O que esperar da votação
Agora, o futuro do aumento do ICMS está nas mãos dos deputados estaduais. A pressão do setor produtivo é grande, e a decisão tomada nesta quinta-feira será um reflexo de como o governo estadual e o parlamento enxergam as prioridades do Maranhão. O que está em jogo não é apenas um número: é o impacto no dia a dia de cada maranhense.