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URGENTE: Rodoviários podem deflagrar greve de ônibus em São Luís a partir de terça-feira (14)

O sistema de transporte público de São Luís e região metropolitana pode enfrentar mais uma greve geral a partir da próxima semana. O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Maranhão (STTREMA) informou que diversas empresas de transporte estão descumprindo a Convenção Coletiva de Trabalho ao atrasarem salários, planos de saúde e outros benefícios dos trabalhadores.

De acordo com o sindicato, as empresas adotam práticas consideradas ilegais, como o pagamento parcelado dos salários, afetando diretamente os rodoviários. Algumas chegam a finalizar o pagamento de um mês apenas quando já deveriam adiantar os valores do mês seguinte. Além disso, há relatos de atraso no pagamento dos planos de saúde por até dois meses, deixando os trabalhadores em situação crítica.

Nesta sexta-feira (10), o sindicato enviou ofícios às empresas notificando sobre o prazo de 72 horas úteis para regularizar as pendências financeiras. Caso a situação não seja resolvida, o sistema de transporte poderá ser paralisado já na terça-feira (14). Apesar de seguir o prazo legal, o sindicato destacou que frequentemente concede períodos adicionais, pensando nos usuários do transporte público.

Outro ponto é a falta de avanços nas negociações para a Convenção Coletiva de Trabalho de 2025. O sindicato informou que enviou uma proposta ao Sindicato das Empresas de Transporte (SET) em novembro de 2024, mas até o momento não recebeu nenhuma resposta. A situação tem gerado insatisfação entre os rodoviários, que acusam os empresários de descaso.

“Não queremos greve, mas os empresários nos forçam a isso com a falta de pagamentos e a ausência de negociação. Os trabalhadores estão há meses sem receber de forma digna e isso é insustentável”, afirmou o presidente do sindicato Marcelo Brito.

Uma assembleia geral foi convocada para esta terça-feira (14), na sede do sindicato, no Centro de São Luís. Os rodoviários avaliarão a situação e poderão decidir pela deflagração da greve geral por tempo indeterminado.

O sindicato afirmou que a greve é uma medida extrema e que os rodoviários desejam evitar a paralisação, mas que a situação atual prejudica tanto os trabalhadores quanto os usuários do transporte público. “Como o trabalhador pode desempenhar seu papel sem receber salários? Como pode sair para trabalhar sem deixar nada para sua família? Esse descaso precisa acabar”, concluiu o presidente.

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