política

Felipe Camarão se movimenta para manter unidade do grupo e consolidar candidatura

É fato que pesquisas faltando ainda tanto tempo para as eleições de 2026 serve apenas para movimentar bastidores e apontar caminhos a serem seguidos para articulações futuras, mas a primeira sondagem junto ao eleitorado com nomes já apresentados para a disputa do Governo do Estado, tornada pública pelo Instituto Conceito na sexta-feira (10), aponta para um quadro completamente indefinido para o pleito majoritário e uma dependência direta de Felipe Camarão (PT) da unidade do grupo governista para almejar a reeleição, caso Carlos Brandão (PSB) resolva concorrer à Câmara Alta do Congresso Nacional e lhe passe o comando do Estado em abril do ano que vem.

Ciente das dificuldades que terá pela frente, Felipe Camarão tem se esforçado para evitar o racha definitivo do grupo, trabalha junto ao presidente Lula, se aproxima cada vez mais do governador Carlos Brandão e já teria conseguido amenizar resistência de aliados do ex-governador e atual ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, que se distanciaram do governo alegando não cumprimento de acordo firmados ainda na composição da aliança que disputou a eleição de 2022 e venceu no primeiro turno, mas que estaria prestes a entrar em colapso após a crise que colocou dinistas e brandonistas em campos opostos.

O que a pesquisa do Conceito mostra com muita clareza é a fragilidade de Camarão como pré-candidato a governador após longo período servindo aos governos de Flávio Dino e Carlos Brandão. A quarta colocação, atrás de Eduardo Braide (PSD), Lahésio Bonfim (Novo) e Roberto Rocha (sem partido) revela a necessidade urgente dos líderes do grupo sentarem à mesa, acertarem o passo e buscarem a reunificação, caso queiram se manter no poder. “Bombeiros” tentam a todo custo debelar o incêndio e por conta dessas articulações o clima estaria menos tenso e propenso ao entendimento.

Segundo apurou o bloco, uma reunião envolvendo as principais lideranças estaria sendo providenciada para Brasília, com a presença do presidente Lula (PT), para tentar a reunificação dos partidos da aliança e partir para a eleição de 2026 em condições de enfrentar adversários fortes, a exemplo do prefeito reeleito de São Luís, Eduardo Braide, que apareceu em primeiro lugar na sondagem do Conceito, e Lahésio, que ficou em segundo lugar na eleição passada.

Felipe Camarão se movimenta com desenvoltura. Em entrevista ao Jornal Pequeno, edição de domingo (12), mostrou que trabalha pelo entendimento, que busca o consenso e ainda garante que não há rompimento entre Brandão e Dino, apesar das evidências dizerem o contrário: “Todos nós estamos empenhados nessa unidade porque ainda há muito o que fazer pelo Maranhão e só iremos conseguir progredir com união e trabalho”.

O vice tem razão em sua afirmação, pois existe entendimento entre aqueles que acompanham o cenário da política local que Felipe Camarão, caso consiga a unidade do grupo e assuma o governo para disputar a reeleição tendo Brandão como candidato ao Senado se transformará um candidato competitivo e em condições de manter a hegemonia do aliança. E pelas conversas de bastidores, aliados de Dino e Brandão estariam desistindo do cabo de guerra e caminhando para reunificação.

Sucessor natural, caso Brandão lhe passe o comando do Estado, Camarão tem voltado suas atenções para reunir apoios e convencer lideranças a manterem a unidade em torno do seu nome. E o resultado da primeira sondagem junto ao eleitorado mostra a urgência dessa reunificação para tornar a candidatura de Camarão forte, pois rachado abre espaço para outras oportunidades.

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