política

Eduardo Braide define até novembro se disputa o Palácio dos Leões em 2026

O prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), avisou a familiares e aos principais aliados políticos que pretende decidir seu futuro político até novembro deste ano.

O aviso foi dado na semana passada, após ser consultado, em diferentes situações, sobre a movimentação do secretário estadual de Assuntos Municipalistas, Orleans Brandão (MDB). Sobrinho do atual mandatário do Estado, Carlos Brandão (PSB), e seu nome para a sucessão, ele vem costurando apoios políticos e crescendo em intenção de votos, segundo todas as pesquisas eleitorais divulgadas até agora.

Na mais recente, divulgada no início de julho pela Econométrica, Orleans marcou 22,4% da preferência do eleitorado, atrás apenas de Braide, que aparece em primeiro, com 30,6%.

Embora diga publicamente que pretende permanecer no cargo até o fim do mandato, Braide teme enfrentar o mesmo esquecimento experimentado pelo ex-prefeito de São Luís Edivaldo Holanda Júnior, que deixou o comando da capital sob forte popularidade e aprovação da gestão, mas acabou rejeitado nas urnas pelo eleitorado logo depois, quando concorreu ao cargo de governador do Estado nas eleições de 2022 e ficou em 4º lugar, com 2,53% dos votos.

Nas conversas, segundo relatos colhidos pelo Atual7, Eduardo Braide disse que, para as eleições de 2026, o foco único, até o momento, é eleger o irmão, Fernando Braide (PSD), para a Câmara dos Deputados.

“Ele não deu data, mas deixou claro que até novembro sai a decisão [de concorrer ou não ao Palácio dos Leões]. Única certeza que deu é que apoiará a candidatura de Fernando”, disse um dos aliados, em reservado.

O próprio Fernando, em discurso na Assembleia Legislativa do Maranhão no último dia 9, contradizendo a estratégia do irmão de ainda não falar sobre as eleições do ano que vem, confirmou que ambos têm conversado, ainda que pouco, sobre o assunto.

Segundo os aliados que ouviram de Braide que a decisão será até novembro, se optar por concorrer ao Governo do Maranhão em 2026, como consequência, ele será obrigado a ceder espaço na chapa para Eliziane Gama, sua correligionária, que busca a reeleição ao Senado. Caso não entre na disputa, não ficará neutro e deve apoiar um dos nomes já colocados na corrida, sendo o mais cotado Orleans Brandão, de quem é primo de segundo grau.

Os outros dois postulantes já confirmados, o vice-governador Felipe Camarão (PT) e o ex-prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahesio Bonfim (Novo), não receberiam o apoio de Braide por falta de confiança, devido ao histórico de traição de ambos com os próprios aliados políticos.

Em troca do apoio a Orleans, ainda segundo aliados do prefeito de São Luís, Braide concluiria o mandato de prefeito como aliado do Palácio dos Leões e teria espaços no governo estadual.

Há ainda a possibilidade de indicação ao Senado em 2030, em vez de Carlos Brandão, na vaga hoje ocupada pela senadora Ana Paula Lobato (PDT), suplente que assumiu o mandato após o presidente Lula (PT) ter indicado Flávio Dino para o STF (Supremo Tribunal Federal).

Via Atual7

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *