Carlos Lula alerta para falhas na proteção às mulheres vítimas de violência doméstica no Maranhão
Deputado critica decisão judicial que liberou agressor em Imperatriz e defende ações mais rígidas para proteger mulheres em situação de violência.
O deputado estadual Carlos Lula (PSB) criticou duramente, nesta terça-feira (25), na tribuna da Assembleia Legislativa do Maranhão, a decisão judicial que colocou em liberdade, no dia seguinte, um homem flagrado agredindo a esposa na frente do filho em Imperatriz. O episódio ganhou repercussão após a criança registrar o crime em vídeo e denunciar a violência à polícia.
O parlamentar classificou o caso como “inaceitável” e alertou para o impacto psicológico e social de decisões que reforçam a sensação de impunidade. “O filho, desesperado ao ver o pai violentando a mãe, gravou, encaminhou à polícia, e de repente, no outro dia pela manhã, o pai está solto. Eu imagino o desespero dessa criança e dessa mulher”, afirmou.
Para Carlos Lula, a liberdade do agressor, que possui histórico de homicídio, representa grave risco à vítima e à família. O deputado defendeu a adoção de medidas mais duras para evitar que criminosos retornem às ruas rapidamente após casos de violência doméstica.
“Não dá para aceitar uma situação dessas. Quem violenta não pode achar que vai passar uma noite na cadeia e no outro dia sair como se nada tivesse acontecido”, declarou.
A proteção às mulheres é uma das principais bandeiras defendidas por Carlos Lula na Assembleia. O deputado é autor da Lei nº 12.520/2025, que reserva 2% das vagas em empresas terceirizadas contratadas pelo Governo do Estado para mulheres vítimas de violência doméstica, garantindo autonomia financeira e melhores condições de recomeço.
Ao encerrar seu pronunciamento, o parlamentar defendeu diálogo mais firme entre os poderes para construir soluções que evitem novos casos semelhantes. “É necessário debater, construir uma nova saída. Eu acredito que o Poder Legislativo pode sim contribuir com o Poder Executivo e juntamente com o Poder Judiciário”, concluiu.
Atualização
Horas após a repercussão do caso na Assembleia Legislativa do Maranhão, foi decretada a prisão preventiva do agressor.