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Gráfica de Alto Alegre do Maranhão vence licitação milionária em Viana e levanta suspeitas



VIANA (MA) – A contratação de uma microempresa gráfica, localizada em Alto Alegre do Maranhão, para fornecer serviços gráficos ao município de Viana por mais de R$ 4,5 milhões, vem gerando forte repercussão e questionamentos entre moradores, servidores e especialistas em gestão pública.

A empresa Artprint, com atuação modesta nas redes sociais, pouco mais de 400 seguidores no Instagram e estrutura típica de gráfica rápida, aparece como vencedora do Pregão Eletrônico nº 011/2025, processo conduzido pela Secretaria Municipal de Administração, Planejamento e Finanças.

Valores milionários chamam atenção

No portal de transparência, o valor total do processo – R$ 4.530.919,66 – desperta estranheza diante do porte da empresa contratada e dos serviços previstos: confecção de materiais gráficos para uso pelas secretarias municipais.

A situação fica ainda mais polêmica porque, após a homologação, o município publicou uma série de contratos associados ao mesmo pregão, distribuídos entre as secretarias de Saúde, Educação, Desenvolvimento Social e Administração, todos datados de 27 de agosto de 2025.

A multiplicação de contratos, somada ao valor elevado, levanta dúvidas sobre a real demanda e a capacidade da empresa para entregar produtos em escala tão grande.

Empresa pequena, contrato gigante

A Artprint se apresenta como uma gráfica de pequeno porte, atuando em serviços como impressão rápida, cartões de visita, quadros, canecas e outros materiais personalizados – itens comuns em gráficas locais.

A discrepância entre a estrutura aparente da empresa e a dimensão do contrato firmado com o município de Viana acende alertas entre especialistas.

“Quando o porte da empresa não parece compatível com o volume milionário contratado, é essencial que o município demonstre transparência, apresente documentação técnica e dê explicações claras”, afirma um consultor em compras públicas ouvido pela reportagem.
Especialistas apontam desproporção entre o porte da empresa e o valor contratado, além da necessidade de mais clareza sobre a real demanda, capacidade de entrega e fragmentação dos contratos. A Prefeitura de Viana ainda não se pronunciou.

Diante da repercussão, opositores e moradores passaram a responsabilizar politicamente o prefeito Carrinho Cidreira, afirmando que o caso representa “mais um absurdo” na gestão municipal e exigindo explicações diretas do chefe do Executivo sobre a decisão de aprovar um contrato milionário com uma empresa de porte tão reduzido.
Importante ressaltar o fato de que o prefeito está sendo alvo de inúmeras denúncias junto ao Ministério Público, além de que também já foi acionado na justiça por atos de improbidade e a PGJ já recebeu o inquérito civil da Promotoria de Viana, para que sejam propostas as ações criminais.

A empresa se intitula como gráfica rápida

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