Tiroteio em festejo religioso expõe crise na segurança pública do MA, alerta Carlos Lula
Deputado critica ausência total de policiamento durante missa de Nossa Senhora da Conceição e reforça alerta sobre avanço da violência no Maranhão
O deputado estadual Carlos Lula (PSB) voltou a pressionar o Governo do Maranhão por ações urgentes na segurança pública após presenciar, ao lado da esposa e dos filhos, um assassinato ocorrido no festejo de Nossa Senhora da Conceição, no bairro Monte Castelo, em São Luís. A missa, que reunia cerca de 700 pessoas entre famílias, idosos e crianças, foi interrompida por tiros disparados em meio à multidão.
O crime ocorreu na noite de quarta-feira (3) e chocou moradores da região. A vítima, que cumpria pena no regime semiaberto e retornava ao albergue, foi atacada por dois homens em uma motocicleta. Ela morreu no local após ser atingida por vários disparos. Duas outras pessoas que se dirigiam ao festejo foram baleadas e encaminhadas ao atendimento médico.
Carlos Lula relatou o clima de pânico e criticou a completa ausência de efetivo policial no festejo. Segundo o parlamentar, o episódio expõe o colapso da segurança pública no estado. “Podia ter sido qualquer um que estava ali naquela praça. Podia ter sido eu com minha família. Eu estava com minha filha de 3 anos no colo”, disse.
O deputado, que tem denunciado a escalada da violência durante todo o ano na Assembleia Legislativa, afirmou que a sensação de insegurança se tornou rotina no Maranhão e alertou para o aumento dos homicídios, assaltos e execuções ocorridas em espaços públicos. Ele destacou que não havia nenhuma viatura no local, nem antes, nem depois do assassinato.
Para Carlos Lula, o episódio no Monte Castelo representa mais um capítulo da crise na segurança pública e exige resposta imediata do Governo do Estado. “Não é possível a gente assistir calado uma carnificina que tem acontecido no estado do Maranhão”, afirmou o parlamentar.
O deputado cobrou reforço policial nos festejos, planejamento de segurança para eventos religiosos e comunitários e medidas concretas para conter o avanço da criminalidade. Ele pediu que o governo deixe de minimizar a realidade dos dados e passe a agir preventivamente.
Lula concluiu dizendo esperar que cenas como a da noite anterior não se tornem ainda mais comuns e reiterou seu compromisso em continuar denunciando o problema. “Eu espero que o Estado proteja as pessoas. O que aconteceu ontem não pode ser normalizado”, reforçou.