notícias

O Silêncio cúmplice das Igrejas diante de Silas Malafaia

O Brasil inteiro acompanha mais um escândalo envolvendo Jair Bolsonaro e sua tropa de fiéis aliados. Entre eles, um nome se repete: o do pastor Silas Malafaia. Suas atitudes arrogantes, suas palavras carregadas de ódio e seu comportamento nada cristão se tornaram rotina no debate público. Mas o que mais assusta não é apenas a postura de Malafaia — e sim o silêncio covarde das igrejas evangélicas diante de tudo isso.

Onde estão as vozes proféticas que deveriam denunciar a injustiça, o abuso de poder e a corrupção? Onde estão as lideranças que, em vez de se curvar diante do poder político, deveriam defender os princípios do Evangelho? O silêncio é ensurdecedor. E pior: passa a impressão de conivência.

As igrejas evangélicas não podem fingir que não veem. O comportamento de Malafaia é um escândalo público. Ele age como militante político travestido de pastor, utilizando a fé como escudo para justificar ataques, agressões verbais e alianças com um projeto de poder que já mostrou ao país suas fragilidades éticas e morais.

Quando a Igreja cala diante do erro, ela se torna cúmplice. Quando aceita que um de seus líderes se transforme em caricatura do próprio Evangelho que prega, ela trai os fiéis que acreditam em sua missão. É inadmissível que, em nome da política, se abandone a essência da fé: amor, humildade, serviço e justiça.

O silêncio das igrejas evangélicas sobre o péssimo comportamento de Silas Malafaia é vergonhoso. A cada dia que passam sem se manifestar, mais se afundam na lama da conivência. E não adianta depois reclamar da imagem negativa que a sociedade constrói sobre o meio evangélico.

Quem cala diante da injustiça, consente. Quem se omite diante do escândalo, participa dele. É hora das igrejas tomarem uma posição clara: ou estão do lado do Evangelho, ou estão do lado do poder

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *